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“Eu tinha medo de gostar dela, pois sempre soube que uma hora iria ser forçado a parar de gostar”. Tanto tempo e tanta liberdade. Porém, visualizou-me como se fosse uma pequena jaula prendendo um furacão. Pensei que se agraciasse a sua vida, com alguns toques de amor e felicidade, não sobrariam tantos tristes contornos, ou seria capaz de suprimir uma parte de seus males, dando a confiança para se apoiar em meu ser. Contudo, os seus ventos carregavam detritos. Acertaram meu corpo, despedaçaram as minhas vontades, deixando apenas pequenas aflições.

Não posso culpá-la, tive meus erros. Ela sabe muito bem como se virar sozinha, então creio que viver a vida é a escolha mais apta à sua situação. Todavia, me deixa infeliz perceber que, em uma curta fração de tempo, desmoronou todos os tijolos posicionados carinhosamente e com muita paciência. Fazer o quê? As pessoas são complicadas e eu também não sou fácil de compreender.

Sinto saudades, na grande maioria do tempo. Só que a falta de algo que naturalmente deveria ser concedido, decai minha concepção básica do que me é necessário. De conversas longas, desfizeram-se e transformaram-se em pequenas palavras. Da comunicação ofertada, recebi interferência. Até tento me fazer presente, só que uma andorinha sozinha não é capaz de fazer verão.

Seja lá o que se passa em sua cabeça, eu aceito. Viva como sempre quis e voe tão alto quanto o sol, estarei te apoiando. Ao pensar em retornar à Terra novamente, permanecerei aqui. Não estarei te aguardando, apenas seguindo as opções que meu destino propuser. Para que um dia possamos nos encontrar novamente, em um lugar melhor e em uma nova versão.